O termo "pardo" permeia a história do Brasil desde o período colonial, inicialmente como uma descrição da alteridade dos povos originários e, subsequentemente, como uma categoria para designar os diversos grupos mestiços resultantes da intensa miscigenação racial. Este livro propõe uma análise da trajetória polissêmica do termo, explorando suas origens, as mudanças em seu significado ao longo dos séculos, sua utilização em censos e políticas públicas, os debates contemporâneos acerca de sua validade e implicações, e o emergente movimento de autoafirmação da identidade parda no cenário brasileiro. Através da revisão de bibliografia relevante, busca-se compreender a complexidade desta categoria racial e suas imbricações com as dinâmicas de poder, identidade e desigualdade no Brasil, a partir da intersecção entre a antropologia e o feminismo negro.
 
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